sexta-feira, 18 de março de 2011

CRITICA DE MODA !!!!





Na moda como na vida, tem o original e tem a cópia. Nos casos mais óbvios, o alvo da cópia é a griffe, e não a peça em si. Por exemplo, as bolsas Louis-Vuitton made in China. Quem compra uma LV falsificada quer exibir o “sinalzinho” do tecido que caracteriza essa marca. O modelo em si pouco interessa… desde que tenha a marca estampada !!!!!!!!
Mas existe um outro tipo de cópia, bem mais sofisticado: é aquele que visa o desenho e/ou o conceito, adaptando-os com mais ou menos talento e comercializando-os sob uma nova marca. Na escala mais baixa é pirataria pura e simples, que pode ser feita desmontando uma peça e reproduzindo-a, por exemplo, com um tecido + barato. No nível mais elevado, a cópia vira inspiração. Sendo que a inspiração honesta revela a fonte.  Por isso é que os verdadeiros criadores de moda são tão raros, e com justiça tão aclamados. 
Mas de onde vem a inspiração dos inspiradores? Ah, como já dizia o poeta, “mundo, mundo, vasto mundo/ Se eu me chamasse Raimundo seria uma rima, não seria uma solução”. Seja como for, a inspiração vem desse mundo humano tão complicado, feito de histórias, culturas, povos, corpos, desejos…
E agora chegamos ao ponto: assim como na vida e na moda, na crítica de moda também tem o original e a cópia! E copiar um texto vai desde o plágio puro e simples, que é reproduzir letra a letra sem dar o crédito, até um tipo de cópia mais sofisticada: a cópia do estilo!
Mas na crítica, assim como na moda, tem um terceiro jeito de copiar que é a citação barata: uma pitadinha de Dior aqui, um toque Chanel acolá… Como se o estilo não fosse algo único, exatamente porque feito de detalhes que se encaixam e completam com precisão! E assim a peça se torna um frankenstein de tendências. No texto de crítica de moda isso funciona assim: “identifique” na coleção “traços” de estilistas famosos. E claro, não se esqueça de aparecer nos desfiles de nariz empinado e vestindo com uma roupa extravagante para chamar a atenção! Pronto, você acaba de se tornar a mais nova… cri-crítica de moda! Que nenhuma pessoa inteligente levará a sério, claro.
Para concluir, citando a grande e insubstituível Diana Vreeland, convém não esquecer que “a roupa não leva a lugar nenhum. É a vida que você vive nela que leva”.

 Por: Pierre Mccoy         18 FEVEREIRO  2011

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