sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Quando olho pra trás, não é que eu não quero ver as coisas da maneira que elas aconteceram. Eu só prefiro lembrá-las de uma forma artística. E na verdade, a mentira disso tudo é mais honesta porque eu a inventei. A psicologia clínica nos diz que o trauma é a maior morte de todas. Memórias não são recicladas como átomos e partículas e física quântica; elas podem se perder pra sempre. É como se meu passado fosse uma pintura interminada, e como a pintor, devo preencher todos os espaços feios e torná-lo bonito novamente. Não é que eu tenha sido desonesto, eu só odeio a realidade.

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